O Messias Incoveniente - Jeffrey R Holland

O Messias Incoveniente

By Jeffrey R Holland

Henry Adams disse uma vez que qualquer sucessão de presidentes americanos que poderiam começar com George Washington e levar a Ulysses S. Grant refutou para sempre a teoria da evolução. Talvez eu esteja atacando outro golpe fatal, inserindo-me em um calendário de devocionais, de outra forma excepcional. Mas uma das vantagens de ser presidente da universidade é que quando você pede para ser o discursante, eles tem que te deixar. Deixe-me dizer-lhe por que estou me intrometendo.

Fiquei um pouco frustrado pelo fato de que a única oportunidade real de abordar vocês é a nossa primeira Assembléia do Presidente, na primeira semana do ano letivo. Como vocês sabem, a atmosfera desse dia é uma mistura de Disneyworld e um rali jamaicano. Eu amo aquela primeira hora com você, mas nem as restrições de tempo que enfrentamos nem o estado de espírito em que se encontram são muito propícias a grande parte de uma mensagem presidencial. Então, depois de pensar nisso por algum tempo, Irmã Holland e eu decidimos continuar sendo os principais domadores na assembléia de acolhimento de outono e, em algum momento no início do semestre de inverno - como agora - teremos um momento um pouco mais sério com você sobre coisas que nós sentimos profundamente e espero que vocês gostem. Então, nesse espírito, desejo pedir a Irmã Holland que os saúde e tenha alguns momentos para compartilhar seus pensamentos e testemunhos com você.

PATRICIA HOLLAND

Como meu marido disse, esta é uma atmosfera diferente do que a do início das aulas. Lá vocês estam com os olhos brilhantes e nervosos, prontos para incendiar o mundo, ou pelo menos uma das cozinhas em Heritage Halls. Agora, enquanto vejo vocês no campus, acho que detecto um caso terminal de decepção no meio do inverno. Seu companheiro de quarto provavelmente reclama muito, suas notas trocaram de Fahrenheit para centígrados à medida que se aproximam de zero absoluto, seu menu de férias consistiu em nenhum encontro e muito miojo, e você está quebrado. Tirando isso, provavelmente tenha sido um ótimo inverno.

Eu venho a vocês hoje de uma maneira maternal, se vocês me permitirem, falar com aqueles de vocês que se sentem um pouco desapontados neste momento e, assim, um pouco desencorajados. Posso apenas compartilhar com vocês um desapontamento pessoal que tivemos em nossa casa recentemente. Alguns meses atrás, nossa filha, Mary, decidiu concorrer à presidência de sua classe de sétima série. Ela foi encorajada por um professor que sentiu que poderia ganhar, e então começou a fazer campanha com muito entusiasmo e muita confiança. Ambos, seus pais e seus irmãos se voltaram e deram-lhe todo o apoio e ajuda que pudemos.

Bem, ela perdeu. Agora, foi-me dito isso mais cedo no dia anterior à chegada de Mary da escola, e vocês conhecem as mães. Eu estava totalmente devastada por ela, busquei minhas emoções o dia todo e a maior parte do dia procurava algo que eu pudesse dizer que poderia conforta-la. Quando eu ouvi seus passos na porta, meu coração e meus pés pularam para o resgate, e todas as palavras de conforto que eu pude pensar pularam da minha boca.

E sabem o que? Ela apenas olhou para mim por alguns minutos e depois com olhos castanhos tristes, ela disse: "Mãe, você pode apenas orar comigo?"

Quando nos ajoelhamos em oração, ela disse: "Pai celestial, prometi-lhe que faria qualquer coisa se pudesse ganhar, e agora sei que devo mostrar como ser um bom perdedor". E então ela disse: "Eu não quero que você seja meu servo mais. Eu só quero ser o seu. "

Perceberam? Foi por sua dor e decepção que a ela foi dada que a fez dizer de uma maneira de doze anos, "Talvez o que eu queria não seria a melhor coisa para servi-lo".

Eu acho que o que eu vim dizer a vocês hoje é que Deus usa coisas quebradas - e cito:

É preciso um solo quebrado para produzir uma colheita, nuvens quebradas para dar chuva, grãos quebrados para dar pão, pão quebrado para dar força. É a caixa de alabastro quebrada que dá perfume. . . . É Pedro, chorando amargamente, que volta a um poder maior do que nunca. ["Broken Things", um trecho de Vance Havner, The Still Water (Old Tappan, NJ: Flemming H. Revell, 1934). Citado em Guias, outubro de 1981, p. 5]

Nosso Pai Celestial às vezes usa nossa dor como um megafone para instrução muito significativa, como fez com Joseph Smith, com Spencer W. Kimball, com Mary Holland. E, como fez com Pedro, que, chorando amargamente, voltou a um maior poder e serviço do que nunca.

Quero que vocês, todos vocês, conheçam meu testemunho da divindade do Salvador e de sua igreja a que esta universidade é acessória. Ela também é uma serva. Eu também tenho uma firme convicção de que, se você confiar Nele, o crescimento e o desenvolvimento e os desafios que você experimenta nesta universidade serão parte de Seu desígnio e ministério. E disso presto testemunho em nome de Jesus Cristo. Amén.

PRESIDENTE HOLLAND

Muitos de vocês estão cientes, e todos vocês deveriam estar, que o Élder Bruce R. McConkie escreveu e publicou uma série de livros sobre o Salvador, traçando seu papel no plano eterno dos conselhos no céu através de sua vida terrena até Sua exaltação na eternidade. Essa série de livros, intitulada em vários volumes como O Messias Prometido, O Messias Mortal e o Messias do Milênio, que já é publicado, fez parte do meu material de estudo pessoal nos últimos meses de sua publicação.

Para os meus propósitos hoje e com a certeza de que não infringirei as séries do Élder McConkie, rotulei as minhas observações "O Messias Inconveniente". Desejo falar nesta manhã das exigências de disciplina e discipulado, das responsabilidades que temos para enfrentar quando escolhemos seguir Jesus Cristo. Na vida do Salvador e na nossa, Satanás contesta essa disciplina com as tentações de uma maneira mais fácil, com uma oferta de "cristianismo conveniente". É uma tentação que Jesus resistiu, e nós também devemos. A vida era muito inconveniente para Ele, e, a menos que eu erre o meu palpite, muitas vezes será assim para você e para mim, quando assumirmos Seu nome.

Francamente, eu preferiria falar com vocês individualmente sobre tais tentações. Eu ficaria emocionado se, nesta grande universidade, houvesse uma maneira de ter esse tipo de momento pessoal com vocês. Porque isso não parece possível, deixe-me generalizar o melhor que posso e permitir que você faça algumas aplicações na sua vida o melhor que puder.

REBELIÃO ESCANCARADA

Provavelmente, o tipo de maldade mais facilmente reconhecível é o que simplesmente se revolta abertamente contra o céu, como Satanás se rebelou antes que o mundo fosse, uma oposição obstinada e desobediente a Deus e aos seus anjos. De Caim até Calígula até as hostilidades domésticas e internacionais de hoje, Satanás tentou atrair os filhos da promessa para a rejeição violenta e destrutiva do evangelho e seus ensinamentos. Estes são pecados difíceis que o mundo conheceu muito bem, mas a partir do qual, em grande medida, somos protegidos nesta universidade aninhada seguramente perto das colinas eternas. Nós somos, em maior parte, intactos pelas guerras e pela tirania e pelo terror. Na verdade, quando medido contra a história deste mundo onde, para citar Nefi, Satanás "enfurece os corações dos. . . Homens "(2 Néfi 28:20), este é realmente o Vale feliz. Temos poucos enfurecidos entre Payson e Lehi.

TENTAÇÕES MAIS SUTIS

Mas há outra tática mais sutil usada pelo traidor primitivo que não é tão violento, nem tão vingativo, e à primeira vista não é tão vicioso. Mas, ah, aó está o perigo. Porque Cristo e seus discípulos - os alvos mais importantes e necessários de Satanás - nunca pareceriam atraídos por erros flagrantes e violentos, essa segunda abordagem torna-se ainda mais sinistra. Ele vem na canção de conveniência da sirene. É, na linguagem do seu dia, "descontraído". Ele diz a todos os desejos do Messias: "Desfrute!" Seu hino pode muito bem ser de Diana Ross - "Pegue leve no caminho". Certamente agitando em algum lugar ao longo da rodovia para o inferno esta a bandeira de horrores em que se lê "Bem-vindo à ética da facilidade".

Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo.

E tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;

E chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se façam pães.

Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.

Então o diabo o levou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo,

E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Ele aos seus anjos ordenará a respeito de ti; e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra.

Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.

Novamente, o diabo o levou a um monte muito alto, e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles.

E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.

Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.

Então o diabo o deixou; e eis que chegaram os anjos, e o serviram.
Então Jesus foi levado do Espírito, para o deserto, para estar com Deus. [JST Mateus 4: 1-10, KJV Mateus 4:11]

Um novo convertido ao cristianismo escreveu sobre este momento:

Cristo se retirou sozinho para o deserto para jejuar e orar em preparação para um diálogo com o Diabo. Tal diálogo era inescapável; Toda virtude tem que ser limpa com o Diabo, como cada vício é rasgado com angústia do coração de Deus. [Malcom Muggeridge, Jesus redescoberta (Garden City, NY: Doubleday, 1969), p. 26]

Porque eu acredito que tais diálogos são levados dia após dia, hora após hora, aqui mesmo no campus da Universidade Brigham Young - Vale feliz, EUA - e porque para nós, como Cristo, essas tentações são muito mais tentadoras em sua natureza do que as versões mais hostis perseguidas por bárbaros, deixe-me comentar brevemente sobre os três. Cada um deles merece um sermão por conta própria, e seremos limitados pelo relógio à apenas uma frase ou duas.

APELO AOS APETITES

"Se tu és o Filho de Deus, ordene que essas pedras se façam pães".

Tudo o que Satanás pode fazer, ele certamente atrairá nossos apetites. Muito melhor jogar com necessidades naturais, reconhecidas do que lutar para plantar em nós necessidades artificiais. Aqui, Jesus experimenta a fome real e muito compreensível de alimento pelo qual ele deve sustentar sua vida mortal. Não negaríamos a ninguém esse alívio; Certamente não negaríamos ao Filho do Homem. Israel tinha seu maná no deserto. Este é o Deus de Israel. Ele tem jejuado durante quarenta dias e quarenta noites. Por que não comer? Ele parece pronto para quebrar o seu jejum, ou certamente deve logo. Por que não simplesmente transformar as pedras em pão e comer?

A tentação não está em comer. Ele comeu antes, ele logo vai comer novamente, e ele deve comer pelo resto de sua vida mortal. A tentação, pelo menos da parte em que desejo focar, é fazê-lo deste jeito, obter o seu pão - a sua satisfação física, o alívio pelo seu apetite humano – do jeito fácil, pelo abuso de poder e sem desejo de aguardar o tempo certo e o jeito certo. É a tentação de ser o Messias conveniente. Por que fazer as coisas do jeito mais difícil? Por que caminhar para a loja ou padaria? Por que viajar para casa? Por que se negar a si mesmo, quando com um erro tão leve, você pode desfrutar desse alimento tão necessário?
Mas Cristo não pedirá egoisticamente pão não adquirido. Ele adiará a gratificação, indefinidamente, se necessário, em vez de apaziguar o apetite - mesmo apetite voraz - com o que não é Dele.

Há muita transgressão sexual neste campus. Qualquer transgressão é demais, e nós temos muito demais. Esta mais alta de todas as gratificações físicas que você foi projetado e criado para aproveitar. É tão natural quanto atraente. É dado por Deus para nos tornar como Deus. E Satanás certamente capitalizou um apelo divinamente ordenado. Mas não é seu sem preço. Não instantaneamente. Não é conveniente. Não com corrupção acolhedora de poderes eternos. É para ganhar, ao longo do tempo e com disciplina. É, como qualquer coisa boa, o direito de Deus de conceder, não o de Satanás. Quando confrontado com esse apetite inerente, um discípulo de Cristo deve estar disposto a dizer: "Sim, mas não desse jeito". Com o tempo, com amor, depois do casamento. A relação física correta e adequada e santificada de um homem e uma mulher é parte - de fato mais uma parte - do plano de Deus para nós, como é comer nosso pão diário. Mas não existe um Messias conveniente. A salvação vem apenas através da disciplina e do sacrifício. Ouça os historiadores que escreveram isso depois de uma vida de estudar a história da civilização:

Nenhum homem, por mais brilhante e bem informado que seja, pode vir nessa vida a tal plenitude de compreensão para julgar e descartar os costumes ou instituições de sua sociedade, pois estas são a sabedoria das gerações após séculos de experimento no laboratório de história. Um jovem que ferva com hormônios vai se perguntar por que ele não deve dar plena liberdade aos seus desejos sexuais; E se ele não for controlado por costumes, costumes ou leis, ele pode arruinar sua vida antes de amadurecer o suficiente para entender que o sexo é um rio de fogo que deve ser depositado e resfriado por uma centena de restrições se não for consumir no caos ambos o indivíduo e o grupo. [Will e Ariel Durant, The Lessons of History (Nova York: Simon e Schuster, 1968), pp. 35-36]

E temos propósitos que os Durants nunca sonharam, "Promessas para manter e milhas para ir antes de dormir" (Robert Frost, "Parando por Woods em uma noite nevada"). Eu imploro com vocês que não cedam ao que chamam de "fedor glandular" de nossos tempos. Em suas horas de tentação e vulnerabilidade, eu peço para vocês, no seu caso, não transformar o pão em pedra com aquele fogo que foi desabafado e não resfriado. Esses pães serão mofados - pedaços falsos, pesados com mágoa e desespero e dor. Cuide mais. É muito fácil hoje com os filmes que vocês podem ver e as revistas que vocês podem ler. É tudo tragicamente, dolorosamente, astutamente conveniente. No nosso tempo, a única restrição que temos é o autocontrole. Peço-lhe que diga para esta expressão física mais alta, mais íntima e mais sagrada, "Sim, mas não desse jeito". Peço-lhe que seja reservado até que vocês tenham ganho o direito e pago o preço divino para conhecer o corpo e a alma daquele que você ama. Desculpe-me por falar com ousadia, mas isso deve ser dito. Talvez mais uma vez possamos dizer ainda mais.

TENTAÇÕES DO ESPÍRITO

"Se és o Filho de Deus, lança-te do pináculo deste templo".

Satanás sabe que esta escritura sagrada é o centro da vida religiosa para o povo de Israel. É o edifício ao qual o Messias prometido deve vir. Muitos estão agora indo e vindo da sua adoração, muitos dos quais através de suas tradições e descrenças nunca aceitarão Jesus como seu Redentor. Por que não se lançar de forma dramática e então, quando os anjos o suportarem, como dizem as escrituras, as legiões vão segui-lo e acreditar? Eles precisam de você. Você precisa deles - para salvar suas almas. Estes são pessoas do convênio. Como melhor ajudá-los a ver do que se lançar deste templo sagrado ileso e sem medo? O Messias realmente veio.

A tentação aqui é ainda mais sutil do que a primeira. É uma tentação do espírito, de uma fome privada mais real do que a necessidade de pão. Deus salvaria ele? Salvaria? Jesus deve ter companheirismo divino neste incrível ministério que ele agora começa? Ele sabe que, entre os filhos dos homens, apenas o sofrimento, a denúncia, a traição e a rejeição estão por vir. Mas e quanto aos Céus? Quão sozinho o Messias deve ficar? Talvez antes de se aventurar, ele deveria obter uma garantia definitiva. E Satanás não deve ser silenciado com seu insidioso "Se, se, se"? Por que não obter confirmação espiritual, uma congregação leal e uma resposta a esta atrevido que interrompe - tudo com um apelo ao poder de Deus? Agora mesmo. Do jeito fácil. Caia do pináculo do templo.

Mas Jesus recusa a tentação do espírito. Negação e restrição também fazem parte da preparação divina. Ele ganhará seguidores, e ele receberá segurança. Mas não dessa maneira. Nem os convertidos nem o conforto que ele merecerá tão bem foram conquistados ainda. Seu ministério quase não começou. As recompensas virão. Mas mesmo o Filho de Deus deve esperar. O Redentor, que nunca concederia graça barata aos outros, provavelmente não pediria nenhuma a Ele mesmo.

E então peço que você seja paciente nas coisas do espírito. Talvez sua vida tenha sido diferente da minha, mas eu duvido disso. Eu tive que lutar para conhecer minha posição diante de Deus. Como adolescente, achei difícil orar e mais difícil de jejuar. Minha missão não foi fácil. Eu lutava como estudante apenas para descobrir que eu também tive que lutar depois. Na presente tarefa, eu chorei e implorei por orientação. Parece que nenhuma conquista digna jamais veio facilmente para mim, e talvez não seja para você, mas estou vivendo o suficiente para agradecer por isso.

É ordenado que possamos conhecer o nosso valor como filhos de Deus sem algo tão dramático como um salto do pináculo do templo. Todos, exceto um poucos proféticos, devem seguir o trabalho de Deus de maneiras muito silenciosas, muito pouco espetaculares. E enquanto trabalha para conhecê-Lo, e para saber que Ele o conhece; Ao investir seu tempo - e sua conveniência - em um serviço silencioso e modesto, você certamente encontrará que "ele dará a seus anjos a sua acusação sobre eles; e em suas mãos o suportarão" (Mateus 4: 6). Pode não vir rapidamente. Provavelmente não virá rapidamente, mas há um propósito no tempo que leva. Acredite nos seus fardos espirituais porque Deus conversará com você através deles e o usará para fazer seu trabalho se você os levar bem.
Você reconhece essa luta? A data é 14 de julho de 1943.

Ainda não havia paz, embora eu tivesse orado por isso quase incessantemente. . . . Eu me virei para as colinas. Eu não tinha nenhum objetivo. Eu queria apenas estar sozinho. Eu tinha começado um jejum. . . .

Minha fraqueza me superou de novo. Lágrimas quentes vieram inundando minhas bochechas enquanto não fazia nenhum esforço para esfregá-las. Eu estava me acusando e me condenando e me censurando. Eu estava orando em voz alta por bênçãos especiais do Senhor. Eu estava dizendo a Ele que eu não pedi essa posição, que eu era incapaz de fazer o trabalho, que eu era imperfeito e fraco e humano, que eu era indigno de um chamado tão nobre, embora eu tivesse tentado muito e meu coração tivesse certo. Eu sabia que devia ter sido pelo menos parcialmente responsável por ofensas e mal-entendidos que poucas pessoas achavam que sofreram nas minhas mãos. Eu percebi que eu tinha sido pequeno e pequeno muitas vezes. Não me esqueci. Mil coisas passaram por minha mente. Eu fui chamado por revelação? . . .

Se eu pudesse ter a certeza de que meu chamado tinha sido inspirada, a maioria das minhas outras preocupações seria dissipadas. . . .Eu sabia que devia ter a aceitação Dele antes de poder continuar. Eu tropecei na colina e na montanha, já que o caminho tornou-se difícil. Eu vacilei em alguns pontos enquanto o caminho ficava íngreme. Não havia caminhos a seguir; Eu subi e segui. Nunca orei como eu orava agora. O que eu queria e senti que deveria ter era uma garantia de que eu era aceitável para o Senhor. Eu disse a Ele que eu não queria nem era digno de uma visão ou aparência de anjos ou qualquer manifestação especial. Eu queria apenas a tranqüila e pacífica garantia de que minha oferta foi aceita. Nunca antes fui torturado como eu estava sendo torturado. E a garantia não veio. . . .

Eu mentalmente me bati e me castiguei e me acusei. Quando o sol surgiu e se moveu no céu, me mudei com ele, deitado no sol, e ainda não recebi nenhum alívio. Eu me sentei no penhasco e pensamentos estranhos vieram a mim: toda essa angústia e sofrimento poderia ser tão facilmente dissipadas desse alto penhasco, e depois me veio à cabeça as tentações do Mestre quando ele foi tentado a se lançar para baixo - então eu estava envergonhado por ter me colocado numa posição comparável e tentar ser dramático. . . . Fiquei cheio de remorso porque eu me permiti colocar-me. . . Em uma posição comparável, em um pequeno grau, à posição em que o Salvador se encontrou quando Ele foi tentado, e. . . Senti que tinha reduzido as experiências do Senhor, tendo comparado a minha com a Sua. Mais uma vez eu me desafiei e me disse que só estava tentando ser dramático e desculpar por mim mesmo.

. . . Eu deitei na terra fresca. Pensei que eu poderia tomar friagem, mas o que importava agora. Havia um grande desejo, ter um testemunho da minha vocação, saber que não era humano e inspirado por segundas intenções, por amizade que pudessem ser. Como orei! Como eu sofri! Como eu chorei! Como eu lutei! [Edward L. Kimball e Andrew E. Kimball, Jr., Spencer W. Kimball (Salt Lake City: Bookcraft, 1977), p. 192-95]

Agora, nesta mesma hora, 38 anos e uma montanha de tumores e problemas mais tarde, este homem doce e piedoso se apega à vida, não porque essa vida tenha sido conveniente, mas porque ele sente que pode haver mais uma montanha para escalar, mais um obstáculo de corpo ou Espírito que precisa ser superado. A odisséia espiritual do filho de Andrew Kimball não tem sido nada fácil. E talvez a do filho do seu pai ou da filha da sua mãe também exigirá paciência e perseverança.

Então, se suas orações nem sempre são respondidas, continue firme. Um maior do que você ou o presidente Kimball chorou, "Eli, Eli, lama sabachthani? Meu Deus, meu Deus, por que me desampareste? "(Mateus 27:46). Se por um tempo for mais difícil, mais difícil, continue firme. Assim foi com as melhores pessoas que já viveram.

"DIGA SEU PREÇO."

Agora, com alguma frustração, Satanás vai direto ao ponto. Se ele não consegue tentar fisicamente e não pode tentar espiritualmente, ele simplesmente fará uma proposta definitiva. De uma montanha alta, onde eles podem ver os reinos do mundo e a glória deles, Satanás diz: "Todas estas coisas eu te darei, se você me adorar".

Satanás compensa a falta de sutileza aqui com a grandeza de sua oferta. Não importa que esses reinos não sejam, em última instância, dele para dar. Ele simplesmente pergunta ao grande Jeová, Deus dos céus e da terra: "Qual é o seu preço? Pão barato você resiste. Drama Messiânico você resiste, mas nenhum homem pode resistir à riqueza deste mundo. Nomeie seu preço. "Satanás está prosseguindo sob seu primeiro artigo de infidelidade - a crença inequívoca de que você pode comprar qualquer coisa neste mundo por dinheiro.

NÃO DESSE JEITO

Jesus governará o mundo um dia. Ele governará todos os principados e poder nela. Ele será rei dos reis e senhor dos senhores. Mas não desse jeito. Com efeito, para chegar ao ponto, ele deve seguir um curso muito inconveniente. Nada tão simples como adorar a Satanás e nem algo tão simples como adorar a Deus. Pelo menos não do modo como alguns de nós pensam que adorar é simples. Sua chegada ao trono da graça será liderada pelo trabalho, a tristeza e o sacrifício. Cerca de sete séculos antes Isaías havia profetizado dele,

Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado em padecimentos; e como um de quem os homens escondiam o rosto era desprezado, e não fizemos caso algum dele.. . . .

Porém ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

Ele foi oprimido, e ele foi afligido, porém não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim não abriu a sua boca.[ Isaías 53: 3, 5, 7]

Será que tem que ser tão difícil assim ganharmos nosso lugar no reino de Deus? Certamente há uma maneira mais fácil? Não podemos comprar o nosso caminho? Todo homem ou mulher tem um preço, não é? Você não pode comprar tudo neste mundo por dinheiro? Às vezes, nos perguntamos. Eu ofereço um fato sóbrio sobre nossas vidas juntos. BYU não está aqui para ajudá-lo a ganhar dinheiro. Qualquer universidade nesta terra pode fazer isso. Nós esperamos que sua educação traga renda suficiente para suas necessidades, mas não temos nenhuma missão se estamos simplesmente transformando você no melhor trabalhador para o mercado de trabalho atual, seja qual for o lugar que for. BYU foi estabelecida para estender a você a própria glória de Deus, sua inteligência, sua luz e sua verdade. E essa luz e verdade, por promessa bíblica, é abandonar o maligno, o seu tentador. Não, nem todos têm um preço. Algumas coisas não podem ser compradas. O dinheiro e a fama e a glória terrena não são nosso padrão eterno. Na verdade, estes podem, se não tivermos cuidado, levar ao tormento eterno.

Emerson disse uma vez,

As coisas estão na sela,
E montam a humanidade.
["Ode Inscrito em W. H. Channing," Poems]

Bem, na BYU nós nos recusamos a ser montados. Tanto quanto esta universidade e esta Igreja e você e eu, como indivíduos, precisamos dos meios para nos alimentar e vestir-nos e promover o trabalho do reino, não precisamos vender nossas almas para obtê-los. E, novamente, estamos tentados a pensar que existe um caminho fácil, um dinheiro rápido, que nos bens do mundo e as glórias dos reinos dos homens, podemos andar através da colheita, como o Messias muito conveniente. Mas por que pensamos quando nunca foi assim para Ele? O que fazemos com um estábulo para local de nascimento e um túmulo emprestado em sua morte? E em sua vida? Nenhuma menção aos bens terrenos.

As raposas têm buracos e as aves. . . Tem ninhos; Mas o Filho do homem não tem onde colocar a cabeça. [Mateus 8:20]

Perdoe-me se continuar. Apenas três semanas atrás eu estava trabalhando com o presidente Elliot Cameron no campus BYU-Hawaii apenas para abrir a edição de domingo do Anunciante de Honolulu para ler este título: "Mórmon Utah chamada de um mercado de testes para fraudes". Posso citar algumas linhas:

A grande população Mórmon de Utah tornou-se um alvo privilegiado para trapaceiros e enganadores que anualmente levam dos residentes do estado centenas de milhões de dólares. . . . Procuradores federais dizem que o estado ganhou reputação nacional como "mercado de teste para golpes". Se ele funciona aqui, eles seguem a estrada. . . ".

"Ocorreu uma e outra vez. . . . - É muito fácil para as pessoas preencherem a lacuna do inacreditável à credibilidade se a filiação da igreja for usada ". . .

As listas de investidores foram elaboradas em folhas de genealogia usadas pelos membros da igreja para rastrear sua ascendência. . . . Líderes mormons denunciaram o esquema em um editorial irritante que perguntou: "Por que as pessoas correm riscos assim? Por que as pessoas jogam? "Uma resposta:" A glândula da ganância fica presa. . . . [Nessa cultura, o sucesso financeiro é muitas vezes equiparado à justiça ". [Peter Gillins, Sunday Star Bulletin and Advertiser, Honolulu, 10 de janeiro de 1982]

Observe isso do Élder Marvin J. Ashton em nossa última conferência geral:

No mercado de hoje, sim, em seu próprio bairro, cidade e cidades, os promotores enganadores estão disponibilizando aos compradores crédulos todo tipo de ofertas atraentes. Lamentamos relatar que milhares de nossas fileiras estão sendo enganadas pelas línguas daqueles que oferecem e solicitam em sussurros: "Essa é a oportunidade de uma vida" e "Somente para você". [Ensign, novembro de 1981, p. 90]

Podemos obter a nossa cota de recompensas da Terra, mas não desse jeito.

Falando sobre essa questão há vários anos, o professor Hugh Nibley escreveu:

Por que devemos trabalhar esse ponto desagradável? Porque o Livro de Mórmon o trabalha, para nosso benefício especial. Riqueza é um mestre ciumento que não será servido sem coração e não sofrerá nenhum rival - nem mesmo Deus: "Você não pode servir a Deus e a Mammon" (Mateus 6:24). Em troca da obediência inquestionável, a riqueza promete segurança, poder, posição e honra, na verdade, qualquer coisa neste mundo. Acima de tudo, os nefitas, como os romanos, viram nela uma marca de superioridade e fariam qualquer coisa para apontá-lo, pois "o dinheiro responde todas as coisas" (Eclesiastes 10:19). "Você sempre se lembra das suas riquezas" Gritou Samuel o lamanita, ". . . O grande inchaço, inveja, luta, malícia, perseguições e assassinatos, e toda sorte de iniqüidades. "(Helamã 13:22) Além disso, é claro que todos se vestem no auge da moda, sendo o principal ponto sempre roupas adequadas e caras - a expressão "vestuário caro" ocorre 14 vezes no Livro de Mórmon. A riqueza é mais importante, menos importante é a forma como se obtém. [Desde Cumorah (Salt Lake City: Deseret Book, 1970), pp. 393-94]

O CUSTO AS VEZES É MUITO ALTO

Como ganhando a renda prória, e também com estudos na escola ou qualquer outro esforço honesto. Para o rei que se perguntou se não havia uma maneira mais fácil de aprender, Euclides disse: "Sua Alteza, não há estrada real para a geometria" - ou qualquer outro aspecto do conhecimento divino. Planeje agora trabalhar duro e ganhar suas conquistas. Adie sua gratificação para que você não precise adiar sua graduação. Você pode sentir que a escola nunca vai acabar e que suas contas nunca serão pagas. A escola acabará e as contas serão pagas. Trabalhar duro e realmente tentar e merecer coisas boas, valem a pena a espera. E elas vão acontecer, muitas vezes mais cedo do que você pensa. Mas não será fácil, e não será conveniente. Uma educação fácil é uma contradição em termos.

Posso fechar com uma história de inconveniência, agora conhecida por você. Duas semanas atrás, o vôo 90 da Air Florida para Tampa, um Boeing 737 com 74 passageiros a bordo, começou a rolar a pista no Aeroporto Nacional de Washington. Nada parecia muito diferente disso; Centenas de aviões deixam esse aeroporto todos os dias. Mas todos vocês sabem o que aconteceu depois. O avião bateu na 14th Street Bridge, quebrou cinco carros e um caminhão, e depois derrapou no rio entupido pelo gelo. Para citar uma fonte:

Por um momento, houve silêncio, e depois o pandemônio. Os passageiros assistiram impotentes enquanto o avião rapidamente afundava. . . Alguns passageiros subiram para a superfície; Alguns se agarravam a pedaços de escombros enquanto outros gritavam desesperadamente por ajuda. Esparramados pelo gelo estavam pedaços de estofados verdes, troços trançados de metal, bagagem, uma raquete de tênis, um sapato de criança. . . .

Em poucos minutos, as sirenes começaram a tocar, enquanto caminhões de fogo, ambulâncias e carros de polícia correram para a cena. Um helicóptero da polícia do Parque dos EUA pairava sobre a cabeça para arrancar os sobreviventes da água. Seis estavam agarrados à cauda do avião. Pendurados a um anel de preservação da vida para eles, o helicóptero começou a levá-los para a costa. Uma mulher tinha ferido seu braço direito, então [o] piloto. . . Abaixou o helicóptero até que suas pernas tocassem a água; Seu parceiro [então se inclinou e] pegou-a em seus braços. Então [uma jovem mulher] pegou o conservador, mas como ela estava sendo levada para fora do. . . Rio por [um] colega passageiro . . Ela perdeu o controle. . . . Um funcionário do Escritório do Orçamento do Congresso que estava assistindo da costa, mergulhou na água e a arrastou para segurança. Mas o ato de heroísmo mais notável foi realizado por [outro] dos passageiros, um homem calvo no início dos anos 50 anos. Cada vez que o anel estava abaixado, ele agarrava-o e passava para um camarada; Quando o helicóptero finalmente voltou a buscá-lo, ele desapareceu sob o gelo. [James Kelly, "Nós não vamos fazer isso", Time, 25 de janeiro de 1982, pp. 16-17]

Eu cito de uma reportangem intitulada "O homem na água":

Seu altruísmo [é] um dos motivos pela qual a história chamou a atenção nacional; Seu anonimato outro. O fato de ele [não] não ter se identificado o investe com um caráter universal. Por um tempo ele era “Todo homem”, e assim prova (como se alguém precisasse) que nenhum homem é comum.

Ainda assim, ele nunca poderia ter imaginado tal capacidade em si mesmo. Apenas alguns minutos antes de o seu personagem ser testado, ele estava sentado no avião comum entre os passageiros comuns, obedecendo obedientemente à aeromoça dizendo-lhe para apertar o cinto de segurança e dizer algo sobre o "sinal de não fumar". Então, nosso homem relaxou com os outros , Alguns dos quais lhe deveriam suas vidas. Talvez ele tenha começado a ler, ou a dormir, ou se arrepender de algumas observações ásperas feitas no escritório naquela manhã. Então, de repente, ele soube que a viagem não seria comum. Como qualquer outra pessoa nesse vôo, ele estava desesperado para viver, o que torna seu último ato tão deslumbrante.

Pois, em algum momento na água, ele deve ter percebido que ele não viveria se ele continuasse a entregar a corda e para os outros. Ele tinha que saber, não importa o quão gradual o efeito do frio tenha sido. Em seu julgamento, ele não tinha escolha. Quando o helicóptero decolou com o que era o último sobrevivente, ele observou tudo em [seu] mundo se afastar dele, e ele deliberadamente o deixou [ir]. . . .

O estranho é que nós . . . Realmente não acreditamos que o homem na água perdeu sua luta. . . . Ele não podia, [como a Natureza], fazer tempestades de gelo ou congelar a água até congelar o sangue. Mas ele poderia entregar a vida a um estranho, e isso também é um poder da natureza. O homem da água enfrentou um inimigo implacável e impessoal; Ele lutou com caridade; E ele [ganhou]. [Roger Rosenblatt, Time, 25 de janeiro de 1982, p. 86]

Neste mundo, somos todos, você e eu, o homem ou a mulher na água. Muitas vezes, como esse homem e Hamlet, devemos "tomar as armas contra um mar de problemas e, ao contrário, acabar com eles" (Ato 3, cena 1, ll 59-60). E às vezes o custo é muito alto. Foi para Cristo, foi para Joseph Smith, e foi por esse homem solitário que contou o custo lá no Potomac - e pagou. Não é fácil ficar sem - sem gratificações físicas ou garantias espirituais ou bens materiais -, mas às vezes devemos, uma vez que não há garantia de conveniência escrita em nosso convênio cristão. Devemos trabalhar duro e fazer o certo, como disse Abraham Lincoln, e às vezes nossa chance virá. E quando tentamos, tentamos e esperamos o que parecia nunca ser nosso, então "os anjos vieram e ministraram a Ele". Por esse ministério em sua vida, oro em nome de Jesus Cristo. Amén

Jeffrey R. Holland foi presidente da Universidade Brigham Young quando este discurso devocional foi dado em 27 de fevereiro de 1982.